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quarta-feira, 26 de março de 2014

Whey Protein



Pesquisando sobre whey protein, pois fiel sou consumidora deste suplemeto, achei este post na net e achei muito interessante, por isso resolvi compartilhá-lo. 
Segue:


                                                                     Por Dr. Carlos Braghini Jr


Algumas pessoas acham que o Whey Protein é um suplemento exclusivo para atletas, mas elas estão enganadas.

Whey protein é um produto derivado do leite de vaca. O leite possui duas proteínas: caseína (cerca de 80%) e whey (cerca de 20%). O whey é mais solúvel do que a caseína, além de ter maior valor nutritivo.

Antes de explicar as propriedades do whey, vou apresentar algumas noções para que você possa reconhecer mais prontamente os benefícios deste suplemento.

Fluxo de elétrons

Nosso metabolismo depende de energia para trabalhar e esta energia provém de processos eletromagnéticos, sendo estes a razão principal que norteia meu trabalho com alimentação. Não é por outro motivo que escolhi Albert Szent-Gyorgyi para abrir meu livro com uma de suas brilhantes citações.

Este cientista renomado recebeu o prêmio Nobel em 1937 por ter descoberto a vitamina C., mas foi em seus últimos trabalhos que ele passou a assegurar que e troca de energia do corpo ocorre somente quando há um desequilíbrio de elétrons, para que um fluxo tenha lugar. Doadores naturais de elétrons dão elétrons aos receptores naturais.

Szent-Gyorgyi reconhecia a importância deste processo, uma vez que a oxidação envolve perda de elétrons, um antioxidante contrapõe este processo por suprir elétrons.

A vitamina C é o mais importante antioxidante do corpo, mas existem muitas outras substâncias que fazem o mesmo efeito. Todas elas trabalham para manter o organismo num estado que permita a doação de elétrons, isto é, num estado reduzido.

Como podemos ver aqui, a questão não é de acabar com a oxidação, mas mantê-la em limites saudáveis para os tecidos envolvidos.

A vitamina E, por exemplo, é lipossolúvel, importante como primeira linha de antioxidantes nas membranas celulares, ricas em lipídios. A vitamina C, que é hidrossolúvel, neste caso, ajuda a recarregar a vitamina E oxidada nestas membranas celulares de volta a seu estado reduzido.

Fiz esta pequena introdução para que você possa entender que os vários antioxidantes do corpo desempenham papel sinérgico.

Dano tecidual e reparação

O entendimento atual sobre o adoecimento é que a perda de elétrons num determinado local (oxidação) representa a degeneração primária. Um antioxidante poderia assim atuar restaurando imediatamente esta perda de elétrons “reparando” o tecido. Isso sem contar que ele pode neutralizar o agente oxidante antes que ele tenha a chance de oxidar (ou danificar) o tecido.

No caso das doenças crônicas podemos identificar o mesmo processo de estresse oxidativo, mas numa velocidade muito mais baixa do que nos casos agudos. No caso de meu livro e da imensa maioria dos pacientes que atendo, este é o meu foco de trabalho. Daí meu livro citar no subtítulo Envelhecimento e Longevidade.

Alimentos, suplementos e complementos

Sou enfático na defesa da alimentação como fonte de saúde. Para mim, a medicina perdeu seu mais importante arsenal terapêutico ao abandonar a dietética. Mesmo os ortomoleculares falham ao supor que os nutrientes possam ser encapsulados e que estes podem substituir a alimentação.

Nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, minerais) são fundamentais, mas apenas “blocos de construção”: não realizam trabalho!

O trabalho é feito pelas enzimas, com a energia fornecida não só por elétrons, mas por entidades como prótons, fônons, plasmons, buracos (holes), éxcitons, sólitons, polarons e confórmons (sabe-se lá o que ainda iremos identificar).

Aqui voltamos ao tema anterior: estilo de vida e fonte de energia.

A qualidade da vida que vivemos agora e que vamos viver no futuro depende de nossas ações. Viver ao lado de quem não lhe ama, trabalhar no que não quer, morar onde não gosta é tão danoso para a saúde quanto uma alimentação ruim, nutrir sentimentos negativos, adotar um estilo de vida doentio... todos produzem estresse oxidativo, um assassino silencioso.

Em compensação, quando começo a atuar terapeuticamente a melhora clínica e a sensação de bem-estar não é um sentimento místico, mas a expressão do melhor funcionamento metabólico. Uma vivência real da harmonia celular.

Tenho uma crença pessoal de que nossa saúde depende do quão hábil somos em proteger nossos estoques de algumas substâncias-chaves, como enzimas e antioxidantes, por exemplo. Quando temos uma alimentação e um estilo de vida que mantém nossos estoques, não esgotamos nossas próprias fontes. Uma alimentação rica em energia auxilia nesta preservação.

Para alcançar este objetivo, lanço mão de uma série de estratégias terapêuticas e alguns suplementos. Na verdade, os considero mais como complementos, uma vez que eles apenas complementam e completam a dieta. O farmacêutico Henry Okigami diz que o tamanho da receita é inversamente proporcional a competência de quem prescreve. Existem exceções, como nos casos dos pacientes idosos com múltiplas doenças, mas mesmo assim, o suplemento nunca é usado como o alimento do indivíduo.

Um dos suplementos que uso com mais frequência é o whey protein.

Whey protein

Eis um dos trechos de meu livro:

Possuímos milhares de estruturas proteicas que desempenham as mais variadas funções: transporte (hemoglobina, albumina), defesa (imunoglobulina, fibrinogênio), controle e regulação (hormônios, enzimas, receptores hormonais), contração (actina e miosina no músculo), dentre outras. O whey protein, produto derivado da proteína do soro do leite, foi desenvolvido na Dinamarca por um processo especial que fornece excelente fonte de aminoácidos, não só para desenvolvimento de massa muscular, mas como suplementação alimentar. O whey protein fortalece a imunidade, melhora os resultados de treinamentos físicos, estimula a liberação de hormônio do crescimento (GH) e o consequente incremento da massa muscular, fornece proteínas de alta qualidade e fácil digestão poupando as proteínas endógenas, fornece altos níveis de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA, do inglês Branch Chain Amino Acids) que protegem as células musculares auxiliando nos processos de detoxificação orgânica graças aos aminoácidos sulfurados, protege a mucosa intestinal devido à ação da mucina, protege e fortalece o tecido ósseo por estimular a ação dos osteoblastos. Além disso, é a melhor maneira de aumentar os níveis de glutationa, o mais poderoso antioxidante intracelular. Evite o whey protein industrializado que contenha soja, corantes e adoçantes artificiais.

Mas não sou só eu quem diz que o whey protein tem uma função muito mais abrangente do que simplesmente aumentar a massa muscular. Aliás, ele faz isso também, e não só em atletas.

Uma pesquisa recente publicada no Nutrition Research avaliou pacientes que usaram whey protein integralmente (15g), a quantidade aproximada de aminoácidos essenciais do whey (6,72g), e uma quantidade aproximadamente igual de aminoácidos não essenciais do whey (7,57g). Os pesquisadores avaliaram o nível de fenilalanina no plasma dos usuários e é evidente o resultado: o whey e os aminoácidos essenciais levaram a um aumento no nível plasmático de fenilalanina enquanto que os aminoácidos não essenciais não o fizeram. Mas o resultado interessante foi no ganho de massa magra. O whey teve um desempenho melhor que os aminoácidos essenciais do whey, a diferença foi estatisticamente significativa, o que sugere duas possibilidades. Ou os não essenciais fizeram a diferença, ou o whey em si tem um fator adicional (foi a conclusão dos pesquisadores). Outro dado, o nível de insulina nos usuários de whey foi maior que nos usuários de aminoácidos essenciais e não essenciais.

Em tempo, os usuários eram pacientes idosos.

Outro dado interessante ao analisar este trabalho é que os aminoácidos não essenciais tem atividade no organismo, induzem secreção de insulina e – talvez o mais importante para o meu trabalho - poupa os aminoácidos essenciais, pois muitos dos aminoácidos essenciais são precursores de não essenciais.


Efeito antioxidante

Agora vai ficar mais claro o porquê de eu começar este texto com a questão eletroquímica e a importância dos antioxidantes.

Um dos efeitos do uso de whey protein é a sua capacidade de aumentar os níveis de glutationa, um tripeptídeo formado pelos aminoácidos cisteína, glicina e ácido glutâmico (glutamato). Ele é um dos mais importantes antioxidantes intracelulares, e um reconhecido detoxificante corporal. Além disso, a glutationa aumenta a atividade antioxidante das vitaminas C e E.

Como o próprio exercício físico é oxidante, os atletas ganham muito mais do que massa muscular com seu uso: ganham proteção antioxidativa.

Aqui cabe também uma ressalva: não se sabe bem o motivo, mas quando batemos o whey protein, como o que ocorre no liquidificador, os níveis de glutationa não aumentam. Por isso, sempre oriento meus pacientes a acrescentarem o whey apenas no final da preparação da bebida.

Esses motivos, a meu ver, seriam suficientes para que eu recomendasse o uso do whey a meus pacientes, sejam eles atletas ou não.

Aliás, talvez a aplicação que eu mais goste é na suplementação de idosos.


Digestão de proteínas

Um observador inteligente poderia dizer neste ponto, então, por que não simplesmente adicionar proteínas à dieta dos pacientes?

É verdade, mas posso lhe dizer que uma condição extremamente frequente nos idosos é a dificuldade de manter o estomago em estado ácido o suficiente para digerir as proteínas. Acrescente a isso o prazer dos médicos em prescrever o uso de antiácidos, como os famigerados inibidores da bomba de prótons.

Se quiser complicar um pouco mais é só adicionar a esta imagem alimentos cozidos em excesso, os preparados ou aquecidos no micro-ondas ou mesmo os alimentos industrializados (processados). São procedimentos que destroem as enzimas que poderiam ajudar na digestão das proteínas.

Se o paciente for um consumidor de leite pasteurizado o quadro é mais grave. E mesmo se for de leite cru e orgânico, precisamos saber que tipo de vaca o produz.

1. As vacas holandesas (mais comum nos grandes produtores) produz mais caseína do tipo 1 (alergênica) e de difícil digestão.
2. Já as vacas do tipo Guernsey, Jersey e Gir que comam preferencialmente pasto ou feno produzido em solos remineralizados com altos teores de fósforo, cálcio, magnésio e potássio e com teores expressivos de ferro, manganês, zinco, cobre, boro, cobalto e molibdênio e com uma microbiologia ativa para garantir um bom suprimento de húmus que irá se contrapor as secas e estiagens, cada vez mais frequentes, e gerar plantas mais sadias e nutritivas produzem um leite menos alergênico e com a caseína A2 (mais biodisponível).

Estes detalhes foram brilhantemente escritos pelo José Luiz Garcia. Veja mais aqui:


Como você pode ver a questão não passa em ter ou não uma dieta adequada de proteína, mas como ela é digerida pelo estomago para chegar ao intestino de maneira que possa ser absorvida.

A digestão do whey

Proteínas são substâncias fundamentais ao corpo, por isso o nome deriva do grego prota que poderia ser traduzido como “de importância capital”.

Mas aqui vai uma ressalva; as proteínas não são absorvidas in natura, mas são quebradas no estomago, por ação da pepsina, em pedaços menores, frequentemente em seus constituintes, os aminoácidos. E são estes aminoácidos que são absorvidos no intestino delgado.

Uma vez que cheguem à corrente sanguínea são utilizados para produzir novas proteínas, que vão:
  • Prover estruturas como ligamentos, unhas e cabelos
  • Auxiliar na digestão na forma de enzimas digestivas
  • Auxiliar na imunidade na forma de imunoglobulinas
  • Prover movimento na forma de músculos
  • Ajudar a escrever um artigo como este ou a entendê-lo na forma de neuropeptídios
  • Transportar oxigênio na forma de hemoglobina
E por aí, vai.

Dito isso, é um equivoco bioquímico afirmar que os aminoácidos podem sobrecarregar os rins ou fígado, mas, ao mesmo tempo, o excesso de proteínas pode sobrecarregá-los.

Pesquisando na literatura, cheguei a encontrar – é verdade – alguns relatos de toxicidade hepática pelo uso de whey protein, mas parecem casos isolados e que não se pode afirmar ser um efeito direto.

Ao contrário, o que temos em maior quantidade são trabalhos mostrando a segurança de seu uso. Além disso, minha própria experiência profissional mostra que, até então, é seguro o seu uso em qualquer idade (de crianças a idosos).

De qualquer maneira, um aviso deve ser dado aos pacientes. O máximo de whey que alguém pode tomar de uma vez é 150 gramas (o pote que eu peço para manipular contém 280 gramas). Atletas de alta performance usam 25 gramas ao dia e a dose que eu recomendo é de menos de 10 gramas por dia ou o equivalente a 0,1 a 0,3 g/kg.

Na verdade, o que está em discussão é que o excesso de qualquer coisa é ruim para a saúde. Moderação é a chave. Incluindo o whey protein.

Whey protein manipulado

Existem algumas características que identificam um whey protein de qualidade. São elas:
1. Que seja derivado de leite – não soja – de vacas livres de hormônios promotores do crescimento e que pastam em solos não tratados com pesticidas. Isso garante um whey superior nutricionalmente, rico em ácido alfa-lipóico e CLA (ácido linoleico conjugado).
2. Que seja processado a frio. O calor torna o whey ácido e nutricionalmente deficiente por danificar os aminoácidos e os nutrientes termolábeis.
3. Não ser processado por troca iônica (ion exchange processing). A indústria o prefere por ser mais barato do que o processamento livre de ácidos (acid free processing), mas este processo que separa o whey da gordura do leite acaba por desnaturar os aminoácidos.
4. Ser whey concentrado e não isolado. Proteínas isoladas são proteínas onde os cofatores foram retirados. Além disso, todos os isolados são expostos ao processamento ácido, sem contar que nosso corpo não assimila proteínas na forma isolada.
5. Ser adoçado naturalmente e não artificialmente. Sucralose e aspartame são os edulcorantes artificiais mais comumente usados pela indústria. São toxinas que todos deveriam evitar. Os melhores adoçantes são a estévia, o agave, o xilitol ou manitol.
6. Não deve conter carboidratos, principalmente glúten, frutose ou xarope de milho.
7. Ter máximo valor biológico. A maioria dos produtos disponíveis no mercado não entrega o que o rótulo promete. Deve ter pelo menos 70% de proteína seca, com menos de 1% de lactose.
8. Ser de fácil digestão. Muitos produtos contêm ácidos graxos de cadeia longa que são difíceis de digerir. O ideal é conter ácidos graxos de cadeia média, mais facilmente digeridos e que não provocam estresse no sistema digestório.


Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2011/08/whey-protein.html



Os tipos de sementes e o processo de molhagem

Conheça as categorias de sementes e saiba porque é importante deixá-las de molho antes do consumo. As orientações são do chef naturalista Flávio Passos.



Sementes são reservatórios da vida. Da mesma forma como repousa no sêmen um ser humano, em uma semente adormece uma árvore, um arbusto, uma gramínea. Cada variedade conserva em si a matriz vital completa de uma determinada planta: seu código genético, sua essência e sua vitalidade. Em cada semente está toda a aposta de continuidade de uma determinada espécie, e nela a planta deposita o que de melhor ela puder.

Há muito o homem aprendeu a plantar e colher as sementes e a desfrutar de suas propriedades nutritivas e medicinais – são inúmeras as sementes comestíveis que a Natureza deste planeta oferece. Entretanto, quando estudamos minuciosamente os mecanismos necessários para se preservar e extrair o melhor de cada semente, percebemos que a falta de conhecimento generalizado faz com que haja um grande desperdício do potencial alimentício das sementes, principalmente em função da escolha de métodos equivocados de preparo destas.

Para melhor compreender como usufruir adequadamente do melhor que cada semente tem a oferecer, vamos primeiro dividir as mesmas em categorias:

  1. Sementes Oleaginosas (que oferecem predominância de elementos oleosos em sua composição).
    Ex: semente de girassol, gergelim, linhaça, amêndoas, nozes, cacau, etc.
   2. Sementes Amiláceas (que oferecem predominância de amido em sua composição).
    Ex: Arroz, quinua, aveia, cevada, trigo, etc.
 3. Sementes Protéicas (que oferecem predominância de aminoácidos em sua composição).
    Ex: Feijões de todos os tipos, ervilhas, lentilhas, soja, etc.


Cada tipo de semente torna-se mais biodisponível quando processada (ou não) de uma determinada maneira. As sementes oleaginosas, por exemplo, são sensíveis ao calor e tem seus benéficos óleos essenciais destruídos quando cozidas ou tostadas. Oleaginosas tostadas, embora muitas vezes sejam saborosas, são fontes de radicais livres, substâncias que desordenam a estrutura molecular do corpo e propiciam o envelhecimento precoce do mesmo. Isto significa que obtemos o melhor das sementes oleaginosas quando as ingerimos “in natura”, ou seja, processadas à frio ou em baixa temperatura.

Já as sementes amiláceas, por sua vez, são muito pouco aproveitadas pelo corpo quando não cozidas. Ocorre que o amido é uma substância que requer a gelatinização de sua estrutura para ser assimilado pelo aparelho digestivo e transformado em energia. O amido não-cozido, embora seja útil para alguns processos digestivos que ocorrem no cólon, não consegue se transformar em energia no intestino delgado, sendo assim minimamente utilizado e dispensado pelas fezes praticamente intacto.


Embora seja importante de maneira geral observar a moderação no consumo de amido e açúcares de qualquer tipo, a energia disponibilizada pelos amidos requer o cozimento do mesmo. Ainda assim, o cozimento dos amidos deve ser sempre realizado dentro de métodos adequados. Ocorre que quando torramos, fritamos ou tostamos o amido, forma-se uma concentração de uma determinada substância denominada acrilamida, uma poderosa neurotoxina que serve como precursora de células cancerígenas (Tareke et al.,2002), além de oferecer outros efeitos colaterais. Por este motivo, recomenda-se que amidos fritos ou assados (pão, biscoitos, etc.) sejam reservados para ocasiões especiais e seu consumo diário seja minimizado. O processo de fervura, porém, cria concentrações irrisórias de acrilamida, sendo portanto este o método ideal para preparar os amiláceos.

O mesmo pode ser dito em relação aos feijões de todos os tipos – quando consumidos crus, o corpo dificilmente tem acesso aos seus nutrientes, e ainda tem que lidar com indesejáveis toxinas, tais como a fito hemaglutinina presente no feijão roxinho dentre outros, que pode causar náuse, vômitos e diarreias. Quando crus, estes feijões apresentam concentrações de entre 20.000 a 70.000 unidades desta toxina, enquanto que cozinhar por no mínimo 10 minutos  em temperatura superior à 80 graus centígrados reduz esta concentração para entre 200 e 400 unidades. Desta forma, cozinhe seus feijões, ainda que germinados.



Molhagem

Antes de mais nada, é importante saber que as sementes possuem defesas. A inteligência natural de uma planta conhece bem os perigos e adversidades deste mundo, e trata de imbuir as sementes com cascas rígidas e/ou fitatos/substâncias inibidoras que tem o papel de proteger da melhor maneira possível o conteúdo da semente de bactérias oportunistas que adorariam se alimentar de seu conteúdo.

Quando ingerimos sementes que conservam estas substâncias, os fitatos ou inibidores enzimáticos dificultam o processo digestivo, aumentando o gasto energético necessário para este processo, ou gerando efeitos desagradáveis, tais como flatulências, exaustão das capacidades do pâncreas e outros desconfortos. Outro revés é o fato de que os fitatos funcionam também como bloqueadores de assimilação, ou anti nutrientes, que impedem que o corpo assimile importantes nutrientes como o ferro, zinco, cálcio e outros sais minerais. Estudos indicam que uma dieta com teor elevado de cereais não-preparados com o processo descrito a seguir conduzem à desmineralização e perda de densidade óssea, dentre outros problemas.

Assim sendo, a primeira providência que deve ser tomada quando do preparo de sementes para consumo é a de eliminar ou minimizar estas substâncias protetoras. Felizmente, o processo é simples e prático e consiste em deixar as sementes de molho em água potável adicionada de vinagre de maçã ou suco de limão ou qualquer outro meio de cultura ácida de probióticos.

Esta simples solução ácida penetra no interior da semente e estimula a liberação das substâncias indesejadas, indicando para a semente que é tempo de despertar e eliminar suas defesas. A acidez da solução neutraliza os fitatos e o resultado é que com apenas algumas horas de molhagem você obtém sementes muito mais adequadas para o processo digestivo.


Embora cada semente tenha seu tempo específico de molhagem, você pode simplificar este entendimento compreendendo que o ideal é deixar de molho no princípio da noite anterior aquelas sementes que você pretende preparar no dia seguinte.  Idealmente, aguardamos 24 horas para o máximo de eliminação das substâncias indesejadas, mas 12 horas já são suficientes para eliminar a maior concentração destas. Escolha um recipiente de louça ou vidro, deposite as sementes, despeje o dobro da medida destas em quantidade de água e adicione uma parte de substância ácida, calculando aproximadamente uma colher de sopa de ácido para uma xícara de água. Ou seja: se você quiser deixar uma xícara de arroz integral de molho, utilize duas xícaras de água potável (mineral ou muito bem filtrada) e duas colheres de sopa do ácido escolhido (vinagre, suco de limão, kefir, etc.). Sempre descarte a água na qual as sementes ficaram de molho, pois nela estão contidas as substâncias que desejamos eliminar.

Posso apenas demolhar com água? Sim, e já faz alguma diferença, embora estudos realizados (testando trigo, centeio e aveia) demonstrem que o processo de molhagem com água neutraliza entre 46 e 77% do ácido fítico, enquanto que demolhar em solução ácida elimina entre 84 e 99% destas substâncias, além de eliminar também fungos e bactérias indesejáveis presentes no exterior das sementes. Desta forma, prefira sempre utilizar a solução ácida.

Como benefício adicional, as vitaminas do complexo B contidas em algumas destas sementes, especialmente nos cereais, aumentam em concentração e biodisponibilidade através deste simples processo. Fácil e altamente benéfica, a molhagem não é uma ideia nova — foi praticada por praticamente todas as culturas pré-industrialização. Inclua esta tradicional sabedoria em seu cotidiano e colha os benefícios de uma digestão mais leve e confortável, além de nutrição superior.

Embora o ideal seja sempre iniciar qualquer preparo a partir do grão, vale a observação de que o processo de molhagem em solução ácida também beneficia os farináceos. Deixe de molho a sua farinha de trigo integral para melhorar e muito a qualidade do pão, por exemplo.

Leite de soja e tofu, assim como o grão da soja cozido, a farinha de soja e alimentos “enriquecidos” com soja são fontes de altíssima concentração de fitatos e devem ser evitados, especialmente por crianças, grávidas e lactantes, bem como aqueles com deficiências em minerais. Definitivamente existem opções de alimentos mais adequados para o homem do que os derivados de soja.

Também é importante ressaltar que duas castanhas em particular não são dotadas destas substâncias indesejáveis, pois são protegidas de outra maneira: através de cascas impenetráveis. É o caso da Castanha do Brasil (ou do Pará) e da Macadâmia. Estas duas sementes dispensam o processo de molhagem.


quinta-feira, 6 de março de 2014

O colesterol não é a causa da doença cardíaca



Por Ron Rosedale, MD(*)

O colesterol não é o principal culpado da doença de coração ou de qualquer doença. Se ele for oxidado ele até pode irritar ou inflamar os tecidos aos quais está aderido, como o endotélio (membrana interna das artérias). Essa poderia ser uma das numerosas causas de inflamação crônica que pode prejudicar o forro desses vasos. Porém, muitas gorduras boas são facilmente oxidadas, como o ácido graxo ômega-3, mas isso não significa que você deveria evitá-lo a qualquer custo.  

O bom senso indicaria que nós deveríamos evitar a oxidação (ranço) do colesterol e dos ácidos graxos e ao invés de se despojar de moléculas importantes para a vida. Usando o mesmo pensamento médico convencional que está sendo usado para colesterol, uma pessoa seria levada a acreditar que os doutores imaginam que para reduzir o risco da doença de Alzheimer se deveria retirar o cérebro das pessoas.

Na realidade, o colesterol está sendo transportado para os tecidos como parte de uma resposta inflamatória que visa consertar um dano em andamento.  

A fixação em colesterol como uma causa principal de doença de coração desafia os últimos 15 anos de ciência e declina das reais causas como o dano (por glicação) que os açúcares como a glicose e a frutose inflige nos tecidos, inclusive o forro de artérias, causando inflamação crônica e a placa de ateroma resultante.  

RESISTÊNCIA À INSULINA E À LEPTINA

Centenas de excelentes artigos científicos têm estabelecido a ligação da resistência à insulina, e mais recentemente da resistência à leptina, com a doença cardiovascular, de modo muito mais evidente do que o colesterol, e são na realidade, pelo menos parcialmente, responsáveis por anormalidades no colesterol. Por exemplo, a resistência à insulina e à leptina resulta em um aumento na quantidade de uma fração especial das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) as partículas “pequenas e densas” do LDL (LDL pequenas e densas).

Isto é muito mais importante do que a taxa de colesterol total. Uma vez que, com a transição do tamanho das partículas para as LDL pequenas e densas, o colesterol LDL total ainda poderia ser baixo apesar do número das partículas dessa fração - pequena e densa - ser maior. Partículas LDL pequenas e densas podem se inserir entre as células que formam o forro das artérias, onde elas podem sofrer colisões e serem oxidadas (rançar), dando início a um processo de inflamação nessa membrana e formando as placas que levam a uma obstrução posterior. 

Muitos estudos científicos mostraram um mecanismo de causa e efeito entre a insulina e a leptina elevadas com a doença cardiovascular, enquanto que quase todos os estudos equivocados do colesterol só mostram uma associação entre as taxas elevadas e a enfermidade. Uma associação não insinua causa. Por exemplo, qualquer coisa pode estar causando anormalidades nos lipídios - colesterol e triglicérides elevados, e também estar causando doença de coração.  

Essa "qualquer outra coisa" é o mau funcionamento metabólico da insulina e da leptina. De forma equivalente a glicose não causa diabete; a glicose está escutando ordens. Um comando defeituoso da insulina e da leptina é a causa de diabete. Igualmente, colesterol não causa doença de coração, mas sinais metabólicos indevidos, que incluem sinais indevidos para o colesterol (fazendo-o oxidar) e talvez para o fígado, que fabrica o colesterol, causarão a doença cardiovascular e a hipertensão.  

Reduzir o colesterol não irá trazer nenhuma melhora nas causas subjacentes, as verdadeiras raízes da doença crônica sempre diz respeito a uma comunicação metabólica imprópria, e os generais dessa comunicação metabólica são a insulina e leptina. Elas são realmente o que deve ser tratado para reverter a doença do coração, diabete, osteoporose, obesidade, e até mesmo o processo de envelhecimento.

COLESTEROL: INJUSTAMENTE O ACUSADO? 

Antes de nós podermos começar a falar sobre a real causa e o tratamento efetivo para as doenças cardiovasculares, nós temos que olhar primeiro para o que é conhecido, ou eu deveria dizer: o que nós pensamos que nós sabemos. A primeira coisa que se observa quando uma pessoa ouve falar em doença do coração é quase sempre o colesterol. O colesterol e a doença do coração foi quase sinonímia durante o último meio-século. O colesterol foi retratado como o Darth Vader para nossas artérias e o nosso coração.  

A mais recente recomendação dada por um painel dos chamados "peritos" preconiza que o colesterol de uma pessoa seja tão baixo quanto possível, na realidade para um nível tão baixo, a ponto dessas taxas não poderem ser alcançadas através de dieta, exercício, ou qualquer modificação de estilo de vida que se conheça. Dessa forma, os peritos recomendam drogas redutoras de colesterol; particularmente as "estatinas", que precisam ser prescritas a qualquer um com risco alto de doença do coração, uma vez que a doença de coração é o assassino número um neste país, incluindo a maioria dos adultos e até mesmo muitas crianças. O fato de que isto poderia acrescentar mais números aos $26 bilhões, em vendas com drogas tipo estatinas no ano passado, não devem, seguramente, ter nenhum reflexo nessas recomendações... (ironia do autor, NT)

Ou será que tem?

CONFLITO DE INTERESSES DOS EXPERTS

A maioria de associações de consumidores pensa que tem! Eles descobriram que oito dos nove "peritos" que fizeram as recomendações estavam na folha de pagamento das companhias farmacêuticas que fabricam tais drogas. As principais organizações científicas puniram jornais médicos que permitiram que a indústria farmacêutica publique resultados enganosos e meias-verdades. Há um grande esforço em andamento para obrigar a indústria farmacêutica (e outros) a publicar resultados de todas as suas pesquisas, e não apenas aquelas que lhes são favoráveis. Estudos que demonstraram resultados negativos também devem ser publicados.  

Reduzir o colesterol poderia não ser tão saudável quanto nos informavam.  Cada vez mais tem sido publicados estudos que mostram que reduzir o colesterol possa ser até mesmo insalubre, particularmente pelo uso de drogas do tipo estatinas. Em particular, foi demonstrado que esse tipo de droga pode ser prejudicial a músculos, originado danos consideráveis. Um sintoma comum deste dano é o desconforto e a dor muscular que muitos pacientes experimentam com o uso de  drogas redutoras  do colesterol, porém a maioria não percebe que essa medicação é a responsável por isso.

Humm... o coração não é um músculo?  

MEDICAMENTOS COMO AS ESTATINAS NA VERDADE AUMENTAM A DOENÇA DE CORAÇÃO

De fato, foi demonstrado que os baixos níveis de colesterol pioram os pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, quando o coração fica muito fraco para bombear sangue de forma efetiva. Foi demonstrado que as drogas estatinas também causam danos nos nervos e prejudicam grandemente a memória. Uma das razões pelas quais as drogas estatinas têm esses vários sérios efeitos colaterais  é que elas funcionam inibindo uma enzima vital do fígado que fabrica o colesterol. Porém, a mesma enzima é usada para fabricar coenzima Q10 que é um bioquímico necessário para transferir energia dos alimentos para as nossas células – processo fundamental para a vida e a saúde celular.  

É bem conhecido que as drogas estatinas inibem nossa fundamental produção de coenzima Q10. É muito relevante que, enquanto muitos cardiologistas insistem que é correlacionada uma redução no colesterol com uma redução no risco de ataques de coração; poucos podem afirmar que há uma redução no risco de mortalidade. Isso tem sido muito difícil de demonstrar. Em outras palavras, nunca foi conclusivamente demonstrado que reduzir as taxas de colesterol salve vidas. Na realidade, várias pesquisas demonstraram que reduzir o colesterol para os níveis que têm sido recomendados recentemente pode estar correlacionado com um risco de mortalidade aumentado, especialmente por câncer. 

NÃO EXISTEM COISAS COMO COLESTEROL BOM OU MAU

Como a correlação de colesterol total com doença do coração é muito fraca, há muitos anos atrás uma correlação mais forte foi pesquisada. Foi visto que há um colesterol denominado “bom” chamado HDL, e que há um colesterol denominado “ruim” que é o LDL. HDL significa lipoproteína de alta densidade, e LDL significa lipoproteína de baixa-densidade. Por favor: observe que LDL e HDL são lipoproteínas -- gorduras combinadas com proteínas. Só existe um colesterol. Não há nenhuma coisa do tipo colesterol bom ou ruim. Colesterol é só colesterol. Ele se combina com outras gorduras e proteínas para ser levado pela circulação sangüínea, uma vez que a gordura e soro sangüíneo (hidrofílico) não se misturam muito bem.  

Substâncias gordurosas devem ser transportadas para os nossos tecidos e células e para isso utilizam proteínas. LDL e HDL são formas de proteínas e estão longe de ser só colesterol. Na realidade nós sabemos agora há muitos tipos dessas partículas com proteína e gordura. As partículas tipo LDL existem em muitos tamanhos e as partículas LDL grandes não são um problema. Só as partículas denominadas de LDL, densas e pequenas, podem ser, potencialmente, um problema, porque elas podem se inserir no forro das artérias e, se elas se oxidam, elas podem causar dano e inflamação. Assim, você poderia dizer que há um "LDL bom" e um "LDL ruim." Também, algumas partículas de HDL são melhores que outros. As suas taxas de colesterol total lhe dizem muito pouco. Mesmo conhecendo seus níveis de LDL e de HDL pouca informação útil será fornecida.

Um erro que raramente é cometido nas ciências mais rigorosas, como a física, parece freqüentemente ser feito em medicina. Está sendo confundida uma correlação com uma causa. Pode haver uma correlação fraca de colesterol elevado com ataques de coração, porém isto não significa é o colesterol que causou o ataque de coração. Cabelo grisalho é correlacionado com o envelhecimento; porém ninguém poderia dizer que os cabelos cinzentos fizeram uma pessoa envelhecer. Da mesma forma, tingir os cabelos para reduzir os cabelos brancos realmente não torna ninguém mais jovem. Tampouco se tentares reduzir seu colesterol.  

Talvez qualquer outra coisa esteja causando ambos: o cabelo se tornar grisalho e o processo do envelhecimento. Até mesmo se colesterol elevado fosse significante para a doença de coração (o que eu questiono) qualquer outra coisa que dê causa a um aumento de colesterol também pode estar causando a doença de coração. 

Olhemos um pouco mais para o colesterol ou, como Paul Harvey dizia, "o resto da história". Primeiramente, o colesterol é um componente vital de toda membrana celular no planeta Terra. Em outras palavras, não há nenhuma vida (do reino animal) na Terra que possa viver sem colesterol. Isso lhe diz automaticamente que, ele em si mesmo, não pode ser mau. Na realidade é um de nossos melhores amigos. Nós não estaríamos aqui sem ele. Não imagine em reduzir o colesterol pois isso aumenta o risco de vida de um indivíduo. O colesterol também é um precursor de todos os hormônios esteróides. Você não pode produzir estrogênios, testosterona, cortisona, e um grande número de outros hormônios vitais sem o colesterol.  

COLESTEROL É O HERÓI, NÃO O VILÃO

Foi determinado há muitos anos atrás que a maioria do colesterol na sua circulação sangüínea vem da fabricação de seu fígado. A quantia de colesterol que você come tem pequeno papel na determinação de seus níveis de colesterol. Também é conhecido que o HDL transporta o colesterol dos seus tecidos, e de suas artérias, de volta para o seu fígado. È por isso que o HDL é chamado de colesterol “bom”, porque está levando colesterol supostamente para longe de suas artérias. Mas pensemos nisso.  

Por que seu fígado tem certeza que você tem bastante colesterol?  
Por que o HDL está levando de volta colesterol a seu fígado?  
Por que ele não leva para os seus rins, ou para os seus intestinos para você se livrar dele?

Está levando de volta isto a seu fígado de forma que seu fígado pode reciclá-lo; colocando-o em outras partículas para ser levado aos tecidos e células que precisam dele . Seu corpo está tentando produzir e conservar o colesterol pela razão precisa de que ele é tão importante, realmente vital, para a saúde. 

Uma função de colesterol é impedir suas membranas de células se quebrem. Como tal, você poderia considerar o colesterol como uma SUPERLIGA de suas células. É um ingrediente necessário para qualquer tipo de conserto celular. A doença coronária associada com ataques cardíacos é reconhecida como originária de algum dano do forro, da camada interna, dessas artérias. Esse dano dá início a um processo inflamatório. Atualmente se entende que a doença coronária, que causa os ataques de coração, tem como origem principal uma inflamação crônica.

O QUE É INFLAMAÇÃO?

Pense do que acontece se você fosse cortar sua mão. Dentro de uma fração de um segundo, substâncias químicas são libertadas pelo tecido machucado para iniciar o processo conhecido como inflamação. A inflamação permitirá que o corte se cure, e realmente o impedir de morrer. Os vasos sanguíneos cortados se constringem para  impedir muito sangramento. O sangue fica mais "grosso" de forma que ele pode se coagular. São alertadas as células brancas e as substâncias químicas do sistema imune para vir à área para impedir que intrusos, como vírus e bactérias, invadam o corte. São chamadas outras células para se multiplicar e consertar o dano de forma que você possa se curar. Quando o conserto é finalizado, você sobreviveu a esse descuido mais um dia. Entretanto você pode ficar com uma pequena cicatriz que mostrará suas batalhas de sobrevivência.

Nós sabemos agora que eventos semelhantes acontecem dentro do forro de nossas artérias. Quando um dano ocorre no forro de nossas artérias (ou qualquer outro lugar) são liberadas substâncias químicas para iniciar o processo de inflamação. Artérias constringem, o sangue fica mais propenso a se coagular, células brancas do sangue são chamadas à área para absorver os resíduos, e células adjacentes são levadas à multiplicação reparadora. No final das contas, se formam cicatrizes, porém para o interior de nossas artérias, e essas cicatrizes nós chamamos de placas (placas ateromatosas). E a constrição de nossas artérias e o "engrossamento" posterior de nosso sangue nos predispõe à pressão alta e aos ataques do coração. 

ENTÃO O QUE A CORREÇÃO DO COLESTEROL PODE FAZER?

Quando um dano está acontecendo e a inflamação está sendo iniciada, estão sendo libertadas substâncias químicas de forma que aquele dano pode ser consertado. A pessoa poderia especular que para substituir células destruídas, velhas e corrompidas as necessidades o fígado precisa ser notificado para ou reciclar ou fabricar colesterol, uma vez que nenhuma célula, humana ou de qualquer outro animal, pode existir sem ele. Para isso, está sendo fabricado e distribuído colesterol em sua circulação sangüínea para lhe ajudar a consertar um tecido danificado e na realidade, o manter vivo.  

Se um dano excessivo está acontecendo, o que obriga a uma distribuição de colesterol extra pela circulação sangüínea, não parecerá muito sábio meramente reduzir o colesterol e deixar de lado o que realmente está acontecendo. Pareceria muito mais inteligente reduzir a necessidade extra de colesterol - o dano excessivo que está acontecendo, a razão para a inflamação crônica. 

ENTÃO PORQUE TOMAR MEDICAMENTOS QUE REDUZEM O COLESTEROL?

As companhias farmacêuticas imaginaram que você poderia fazer essa pergunta. Elas se voltaram para as suas pranchetas de trabalho. Pesquisaram mais e descobriram (coincidentemente) que as drogas tipo estatinas teriam efeitos antiinflamatórios. Então elas estão nos dizendo atualmente para continuar a usar nossas drogas redutoras de colesterol porque agora elas trabalham reduzindo a inflamação, não pela redução do colesterol, e na realidade, talvez, apesar da redução. A aspirina reduz inflamação para muito menos dinheiro. Como também faz a vitamina E, o óleo de peixe  e as mudanças dietéticas sem os perigos dessas drogas e tendo muitos outros benefícios. 

E OS TRIGLICERÍDEOS?  

“Triglicerídeos” é apenas uma terminologia médica para a gordura. Uma pessoa com triglicerídeos altos tem muita gordura na circulação sangüínea. Triglicerídeos são geralmente medidos quando uma pessoa jejuou durante a noite. Os triglicerídeos de jejum elevados significam fabricação demasiada, ou utilização (queima) muito pequena. Em outras palavras, o que os triglicerídeos elevados estão dizendo é que você está fazendo muita gordura e que você não pode queimar tudo isso. Esse realmente é o problema principal. A inabilidade em queimar gordura está por de baixo de virtualmente tudo o que ocorre nas doenças crônicas do envelhecimento, e na realidade pode contribuir à taxa desse processo.

Como tal, deveríamos imaginar que o controle da queima e do armazenamento das gorduras poderia ser muito importante para a prevenção da doença de coração, e das outras doenças do envelhecimento como a diabete, obesidade, osteoporose, e até mesmo do câncer. Realmente, esse parece ser o caso. Os dois hormônios que tem maior controle sobre nossa habilidade de queimar e armazenar gordura são a insulina e a leptina, e parecem fazer um papel principal em todas as doenças crônicas do envelhecimento. Eu os classificaria como os hormônios mais importantes da química do corpo inteiro. Mas isso é uma história que fica para mais tarde. 

(*) Ron Rosedale, é médico, pesquisador, diretor do Rosedale Metabolics Inc., é o autor do livro “The Rosedale Diet” (em associação com Carol  Colman) e do livro “Hypoglycemia: the other sugar disease” (Hipoglicemia: a outra doença do açúcar) (em associação com Anita Flegg). Tem inúmeros artigos sobre metabolismo publicados em vários sítios da Internet sobre saúde, principalmente sobre transtornos do metabolismo como a diabete e a obesidade. Esse artigo original em inglês se encontra no endereço:http://www.mercola.com/2005/may/28/cholesterol_heart.htm